#profile-container h2.sidebar-title {display:none;} O PASCÃO: June 2004

Saturday, June 19, 2004

 
A DITA DURA DO GAMEIRO

Durante sete anos ouvi de alunos a reclamação de que um dos problemas do Dom Silvério era ser autoritário. Diziam que os professores e coordenadores não ouviam os alunos. E tal.

Mas um dos problemas do CMDS era (e ainda deve ser, imagino) justamente ser democrático demais. Lembro que se muitos alunos fossem mal numa prova, o professor é que era o culpado, sem que houvesse antes qualquer inquérito para apurar os fatos (eita lugar comum!). Pelo menos duas ocasiões que ilustram isto me vêm a mente: o caso Tia Doró, em 2000, e o caso Evandro, em 2001. No primeiro, a professora foi substituída (pelo professor Alex, o que rendeu um dia de incontáveis gargalhadas). No segundo caso, não.

Lembro que em situações como essas, de afundamento geral (era antes da Era Ericsson), os representantes de turma eram chamados para uma reunião com gente do Colégio. Como se os representantes tivessem algo a ver com o desempenho escolar dos colegas.

As palavras Estado mínimo nunca ecoaram pelos salões do CMDS, em todos os seus cinqüenta e quatro anos.

Saturday, June 12, 2004

 
UM VIDEOCLIPE PARA O DOM SILVÉRIO

Achei uma canção que serve perfeitamente para o Dom Silvério, com o clipe certo e uma imaginação com o mínimo de boa vontade. Aqui vai a letra da música, acompanhada de sugestões para o que rolaria no clipe em cada momento dela. Com vocês,

Chico Buarque - Vai Passar


Vai passar
Nessa avenida um samba popular
Cada paralelepípedo
Da velha cidade
Essa noite vai
Se arrepiar


A cena aqui é o pátio do Colejão, gradualmente se enchendo de gente. A cena é entrecortada por closes das pernas das pessoas, dos instrumentos, dos olhos, etc.

Ao lembrar
Que aqui passaram sambas imortais
Que aqui sangraram pelos nossos pés
Que aqui sambaram nossos ancestrais


Aqui, utilizamos de recursos como uniformes antigos (especialmente camisetas das Olimpíadas do Colégio), penteados diferentes e calendários para mostrar que estamos vendo o CMDS há alguns anos atrás. É claro que devemos mostrar uma versão estilizada do Primeiro Cê 2001, bem como outras turmas, as mais bagunceiras e delinqüentes possíveis.

Num tempo
Página infeliz da nossa história
Passagem desbotada na memória
Das nossas novas gerações
Dormia
A nossa pátria mãe tão distraída
Sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações


Mostremos as salas mais recônditas e inacessíveis do CMDS com homens de terno aumentando as mensalidades, vendendo contratos para a Honey Bee e fazendo outras coisas malignas.

Seus filhos
Erravam cegos pelo continente
Levavam pedras feito penitentes
Erguendo estranhas catedrais


Ora, a metáfora é óbvia. Mostremos o Maristão sendo erguido. Vale colocar crianças com uniforme rasgado erguendo pedregulhos num terreno baldio e fingir que aquilo é o Maristão antes de ficar pronto.

E um dia, afinal
Tinham direito a uma alegria fugaz
Uma ofegante epidemia
Que se chamava carnaval
O carnaval, o carnaval
(Vai passar)


E aqui, claro, belas tomadas da festa de formatura. É realmente uma pena que não existam, ao menos que eu saiba, imagens em movimento do Mini-Baile 2003, a melhor festa de todos os tempos.

Palmas pra ala dos barões famintos
O bloco dos napoleões retintos
E os pigmeus do bulevar


Nem requer efeitos especiais. Mostremos, um a um, os retratos dos ex-diretores do CMDS, que estão convenientemente afixados na parede esquerda (de quem entra) do salão principal do Colégio.

Meu Deus, vem olhar
Vem ver de perto uma cidade a cantar
A evolução da liberdade
Até o dia clarear


Nos ângulos favoráveis para que tenha-se a impressão de algo realmente grandioso, mostremos uma imensa festa no Pátio, a la Trote 2003.

Ai, que vida boa, olerê
Ai, que vida boa, olará
O estandarte do sanatório geral vai passar
Ai, que vida boa, olerê
Ai, que vida boa, olará
O estandarte do sanatório geral
Vai passar


Um grupo correndo pelos corredores de todos os andares do Colégio, empunhando estandartes e demonstrando insanidade.
 
É ele, gente. Nosso caro professor Zé Arnaldo, em um de seus melhores momentos.

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